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Eu sou Libertá, sou Flora, sou Florinda, sou Margaritá, sou Nena, sou Marinalva, sou Francisca.
“Eu sou uma selva de raízes vivas,
e sou também folhagem morta, inquieta”
Eu sou a Primavera de 83.
Primavera de 83 é a artista têxtil Andrea Orue, nascida e residente na cidade de São Paulo, SP/Brasil cujo foco é o trabalho com bordado livre, ponto cruz e ponto russo ou punch needle. Formada em Ciências Econômicas pelo Mackenzie/SP, fez diversos cursos de história da arte, filosofia, moda e arte têxtil, e cursou Criação em Tricô pela FAAP/SP. Atua também como professora de bordado ministrando cursos on-line próprios e na Domestika e em instituições como o Sesc São Paulo. Foi artista convidada do Circuito Sesc de Artes em 2019, onde viajou por cerca de 20 dias ensinando bordado livre para cerca de mil pessoas em 9 cidades diferentes do interior de SP.
Andrea Orue começou a ler sozinha sobre política aos 8 anos de idade, dedicando-se já na vida adulta ao estudo formal dos impactos que a economia, a politica e a sociologia têm na vida principalmente das mulheres e das trabalhadoras da indústria têxtil. Em seus bordados elementos políticos também são frequentes, resultado de anos em que sua pesquisa esteve voltada ao têxtil, ao fazer manual e a situação das mulheres trabalhadoras na América Latina.
Através dos fios busca se conectar consigo mesma e com outras mulheres que perpetuam a tradição do fazer manual latino-americano. Seus bordados são fortemente marcados pelo retrato de mulheres e elementos botânicos, na busca dessa conexão e na representação artística de mulheres por mulheres.
Bordar é para Andréa uma forma de expressar publicamente atividades antes relegadas ao espaço doméstico, questionando-o, de maneira a valorizar e dar continuidade a uma técnica ancestral carregadas de símbolos de luta, força e poder das mulheres.

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Na mídia
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